Talvez depois de uma traição silenciosa, de uma mensagem apagada rápido demais, de uma história mal contada. Talvez você tenha sentido no peito aquele frio estranho, aquela intuição que sussurra: tem algo errado aqui.
Com o narcisista, tudo começa como um sonho. Ele te lê como um livro aberto. Diz exatamente o que você precisa ouvir, te olha como se ninguém mais existisse no mundo. Você acredita que encontrou alguém raro. Mas, na verdade, ele só encontrou mais uma fonte para alimentar seu ego faminto.
O narcisista não ama — ele consome. E a fidelidade, para ele, não tem o mesmo valor que tem para você. Ele pode até prometer o mundo, mas está sempre com um pé fora da porta, com os olhos em outras possibilidades. Porque ele não busca conexão: busca adoração. Precisa de aplausos, de olhares, de atenção constante.
E quando essa necessidade não é suprida, ele se volta para fora. Às vezes com traições óbvias, outras com jogos sutis, conversas escondidas, segredos abafados. E ainda assim, ele vai fazer você duvidar de si mesma. Vai te chamar de louca, ciumenta, exagerada.
A verdade é dura, mas libertadora: o narcisista é infiel por natureza — não porque faltou algo em você, mas porque sempre vai faltar algo nele.
Então, sim… ele pode até simular fidelidade por um tempo. Mas a máscara sempre cai.
E quando cair, você vai lembrar desse texto. Vai lembrar que aquilo que você sentia… nunca foi paranoia. Foi sobrevivência.